terça-feira, janeiro 29, 2008

Casino Générale

À medida que se vão conhecendo mais detalhes, aumentam as suspeitas de que a fraude de 5 mil milhões de euros ocorrida na Société Générale (o meu banco quando vivi em França...), não se trata de uma simples fraude.

O que fez o departamento de controlo de aplicações financeiras da Société Générale enquanto cerca de milhares de milhões euros eram movimentados pelo funcionário Jérôme Kerviel? Quantias destas não aparecem e desaparecem de qualquer maneira.

Em tudo, esta história faz lembrar o fechar de olhos do departamento de controlo da ENRON às operações financeiras de alguns funcionários encarregados de movimentar dinheiro em esquema circulares ou pouco legais que serviam para mascarar os resultados da empresa. Se estas operações corressem bem, os funcionários retiravam grandes margens de lucro, se corressem mal, tal como final da cassete da Missão Impossível, a empresa não sabe e não teve conhecimento do que se passou.
Será este um caso isolado ou será uma prática generalizada do mercado?

Em Portugal deveríamos estar muito mais atentos a estas questões em vez de andarmos entretidos com discussões infantis sobre cigarros e bolas de Berlim. Estes crimes estão entre os que mais atingem as pessoas, provocam desemprego e o desvio de quantias consideráveis para actividades não produtivas.

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